Um drible na quarenta

23/04/2020

O mundo virou de ponta a cabeça. De repente tudo saiu do controle e, todos sem exceção, precisaram se reinventar. Para uns têm sido mais fácil, para outros mais desafiador. Nesse momento de tantas mudanças, a tecnologia é nossa aliada para manter os treinamentos em dia e fazer desse tempo livre – raridade na nossa vida ‘normal’ – nosso aliado. “Nós estamos fazendo todos os esforços para manter a saúde física e mental dos nossos atletas. Temos atletas em vários municípios da região metropolitana do Rio, em condições completamente diferentes para treinar. Cada vídeo que recebo me enche de orgulho porque todos (jogadores e seus familiares) estão respeitando o distanciamento social e fazendo todos os esforço para adaptar suas casas com as melhores condições possíveis de treino”,comenta Bruno Fernandes, Presidente do Rio de Janeiro Power Soccer. No futebol em cadeira de rodas, o técnico Jaime Torres não dá trégua para os jogadores. A cobrança segue igual. “Nosso encontro virtual é um treino. Se o atleta não conectar precisa justificar a falta”, afirma. Além de Jaime, toda a comissão técnica desenvolveu vários exercícios para que os atletas façam, mesmo que, num espaço curto e até sem estar usando uma cadeira motorizada. A mobilidade com os dedos é uma parte muito importante para conduzir a cadeira e esse é um dos principais esforços da comissão. “Temos previsão de competições importantes ainda neste ano. Esse é o nosso foco. E ter foco num cenário como este é muito importante para mantermos a motivação dos nossos atletas mesmo que à distância”, afirma Jaime. Já na bocha, modalidade que começou em 2019 no RJ Power Soccer e já conta com 13 atletas – muitos deles iriam estrear em competições na Regional Leste, que aconteceria no dia 4/5 de abril, em Petrópolis – o cobrança segue igual seja para os iniciante quanto para os atletas de alta performance como Lucas Araujo, convocado para os Jogos Rio 2016. “O treinamento está dividido em duas partes. Na teórica, os atletas respondem questionários sobre regras da modalidade e fazem análises de vídeos de competições anteriores. Na prática, eles nos mandam vídeos com o que pedimos e aí retornamos com uma análise sobre postura, movimento, estratégia usada etc. e se atendeu ao que havíamos pedido. Tem dado muito certo porque o feedback tem sido bem positivo”, garante a técnica da modalidade, Jullyana Alencar. “Juntos já vivemos conquistas grandiosas e, mais um vez, vamos nos orgulhar coletivamente de passar por mais esse desafio. Se alimente bem, durma oito horas por dia, pegue sol, treine da melhor maneira que puder, aproveite para assistir jogos e siga as recomendações da comissão técnica”, aconselha Bruno Fernandes.

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